Portugal realiza esta quinta-feira, 11 de dezembro de 2025, a primeira greve geral dos últimos 12 anos, convocada conjuntamente pelas duas centrais sindicais, UGT e CGTP.

A paralisação surge em protesto contra a proposta de reforma da legislação laboral apresentada pelo Governo liderado por Luís Montenegro, tendo a última greve geral conjunta das duas centrais sindicais acontecido em junho de 2013, durante o período de intervenção da troika.

A greve responde ao anteprojeto 'Trabalho XXI', que propõe alterações a mais de 100 artigos do Código do Trabalho, incidindo sobre matérias como contratos a prazo, despedimentos, banco de horas individual, parentalidade e direitos sindicais. As centrais sindicais consideram que as medidas representam um retrocesso nos direitos laborais e sociais, alertando para o aumento da precariedade e o enfraquecimento da negociação coletiva.

A paralisação abrange trabalhadores dos setores público e privado, sindicalizados ou não, e deverá ter forte impacto em áreas essenciais. Estão previstas perturbações significativas nos transportes, saúde, educação, telecomunicações e banca.

Na saúde e educação, apesar dos serviços mínimos, são esperados cancelamentos de consultas, cirurgias e o encerramento de escolas.

O Governo defende que a reforma visa modernizar a economia e aumentar a flexibilidade do mercado de trabalho, mas os sindicatos mantêm a contestação, considerando a greve necessária para defender os direitos fundamentais dos trabalhadores.

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