Foto: Freepik
23
outubro
2025
MULTAS POR USO DO TELEMÓVEL AO VOLANTE DISPARARAM NO PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2025

No início de 2025, as multas por uso do telemóvel ao volante duplicaram, com mais de 7.500 condutores multados nos primeiros três meses do ano. O excesso de velocidade, álcool e falta de inspeção continuam a ser grandes problemas nas estradas portuguesas.

Apesar de menos acidentes e mortos do que no mesmo período de 2024, há um aumento preocupante nos acidentes com bicicletas e trotinetes: morreram 8 pessoas neste tipo de acidentes e houve mais de 700 feridos.

As contraordenações por uso do telemóvel ao volante duplicaram no primeiro trimestre de 2025, face ao mesmo período do ano anterior. Segundo dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), foram multados 7.587 condutores, o equivalente a 84 por dia, o que representa um aumento de 114,2%.

O relatório da ANSR, agora divulgado, revela que as forças de segurança fiscalizaram 75,7 milhões de veículos entre janeiro e março — mais 31,2% do que em 2024 —, o que contribuiu para um aumento geral das infrações rodoviárias, que totalizaram 327 mil (+15,6%).

Além do uso do telemóvel, cresceram também as infrações por ausência de seguro (+85,6%), falta de inspeção periódica (+79,7%), falta de sistemas de retenção infantil (+54%) e álcool ao volante (+32%).

O excesso de velocidade manteve-se como a principal infração: a PSP registou mais 53,3% de casos e a GNR mais 8,5%, embora as multas detetadas pelos radares Sincro da ANSR e pela Polícia Municipal de Lisboa tenham diminuído ligeiramente.

A criminalidade rodoviária também aumentou 95,2%, com 10.800 condutores detidos, sobretudo por condução sob efeito de álcool (4.805) e sem carta de condução (2.985).

Entre janeiro e março, registaram-se 8.270 acidentes com vítimas, dos quais resultaram 90 mortos, 531 feridos graves e 9.641 feridos ligeiros — menos do que em 2024 e 2019, mantendo-se a tendência de descida da sinistralidade.

Em contrapartida, os acidentes com velocípedes (bicicletas e trotinetes) aumentaram 21% face a 2024 e 60% desde 2019, com oito mortos e 776 feridos. Já nos acidentes com motociclos, o número total baixou, mas as vítimas mortais subiram 23%, para 26.

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