A Assembleia Municipal de Viseu aprovou hoje o orçamento para 2026, no valor de 122 milhões de euros, com a abstenção do PSD. Juntando os 30 milhões dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento, o total ascende a 153 milhões de euros. A votação registou 18 votos a favor e 31 abstenções.

“Para 2026, o Município de Viseu prevê um orçamento de 122,2 ME, a um aumento de 12,5 ME relativamente ao ano anterior. Do montante global da receita, estima-se que: 85,3 ME sejam provenientes de receitas correntes; 28,8 ME de receitas de capital e 8,1 ME de receitas não efetivas (empréstimos)”, referiu o autarca, João Azevedo destacando o investimento previsto em áreas como apoio social, cultura, mobilidade, economia, saúde, educação e desporto.

A sessão foi marcada pela aprovação unânime de uma adenda negociada entre PS, PSD e Chega, que estabelece a devolução progressiva do IRS aos munícipes. Inicialmente proposta pelo Chega com 1% dos 5% do IRS, a medida foi ajustada para 1,5% a partir de 2027, aumentando progressivamente até atingir 3% durante o mandato. O presidente da Câmara, João Azevedo, alertou que esta devolução terá implicações nas despesas municipais.

A oposição criticou o executivo socialista com o PSD a acusar o presidente, eleito em outubro, de não incluir no orçamento as promessas eleitorais, embora tenha concedido a abstenção como "prenda de Natal".

O Chega foi mais incisivo, com a deputada Bruna Oliveira a denunciar "falta de coerência entre o prometido e o feito", acrescentando que "prometeu-se muito, orçamentou-se pouco". Apesar das críticas, o Chega absteve-se, concedendo "o benefício da dúvida no primeiro mandato".

Os presidentes de junta do PSD também se abstiveram, apontando constrangimentos de tempo e discrepâncias entre as obras urgentes solicitadas pelos autarcas e o que consta no documento final.

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